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domingo, 26 de dezembro de 2010

Duke Energy pode responder judicialmente por acidentes e mortes no entorno da Represa Jurumirim

Na reunião que a Duke Energy promoveu no final do mês passado em Avaré, no recinto do Teatro Municipal, seus funcionários e palestrantes foram alertados pelos participantes sobre a responsabilidade que a empresa deve ter em relação ao impacto que o baixo nível da Represa de Jurumirim traz para as comunidades e para o meio ambiente. Também que deveriam estar vigilantes quanto ao perigo de afogamentos e acidentes com embarcações nas proximidades das ilhas que começam a ficarem descobertas, no caso do Costa Azul, do leito da antiga estrada Avaré – Itaí, submerso desde a década de 60, que pela curiosidade que desperta, já protagonizou várias mortes por afogamento em época de verão nos anos anteriores (devido as armadilhas que oferece, como imensos buracos e lodo ao seu redor), mas que podem também ocorrer novamente nos dias atuais. 

Esta denuncia foi apresentada pelo presidente da ADERJ, o empresário Mauro Fusco, aproveitando um dos poucos espaços que os palestrantes ofereceram para que alguma colocação ali inserida pudesse ser discutida. 

Foi incisivo ao apontar para os funcionários da Duke Energy, que o custo de confecção de placas de sinalização de perigo naquela área é irrisório para a empresa, se comparado às mortes que podem ser evitadas, as quais ocorrem de forma inesperada devido à falta de informação quanto ao risco de vida que essas pessoas enfrentam ao se aventurarem nesta malfadada travessia; praia – ilha emergente, leito da antiga estrada Avaré/Itaí e vice-versa. 

“Qual é o preço de uma vida?”, inquiriu Mauro Fusco, num tom de voz que já demonstrava certa irritação, mas não obtendo resposta dos representantes da concessionária. 

Infelizmente nenhuma providência foi tomada pela Duke Energy e no último domingo, 19, um jovem de 16 anos, turista vindo da cidade de Itapetininga, morreu afogado. E pasmem! Exatamente dentro da situação alertada pelo presidente da ADERJ.