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sábado, 11 de dezembro de 2010

Instituição de Avaré corre o risco de ser despejada

Prefeito não repassa a verba e também não paga o aluguel da Instituição
Sem repasse municipal há seis meses, sem pagar aluguel há vinte meses, correndo o risco de ser despejada e também advertida pelo ministério publico de Avaré: estes são os principais problemas hoje enfrentados pela Residência Amor Fraterno de Avaré (Rafa). A instituição abriga 17 idosos abandonados pela família e que tem algum tipo de necessidade especial.
A atual presidência do Rafa, Meire Maia, denuncia que há seis meses a prefeitura de Avaré não repassa o dinheiro ao asilo. Por causa de um convenio, a instituição deveria receber R$ 5,5 mil por mês do Executivo. A divida hoje é superior a R$ 30 mil. 

Alem deste problema, o prédio, que hoje abriga o Rafa, pertence à Colônia Espírita Fraternidade e a prefeitura também não repassa o aluguem a instituição há 20 meses. O valor do aluguel é de R$ 1.700. 

“Esta semana fui procurada pelos dirigentes da Colônia e a situação é muito complicada. Eles também estão com os repasses atrasados e precisam do dinheiro do aluguel. Eles já informaram que não tem interesse em renovar com a prefeitura e eu entendo perfeitamente a posição deles. O prédio existe para ser uma fonte de renda para aquela instituição”, disse Meire. 

Somando os 20 meses de alugueis atrasado, a divida também é superior a R$ 30 mil. O contrato foi feito entre a prefeitura e Colônia Espírita, sem envolver a Rafa. 

Meire conta que o dinheiro da prefeitura é usado principalmente para pagar funcionários da Residência, que são 11, entre enfermeiros, faxineiros, cozinheiros e lavandeiras. “Dos 17 assistidos, alguns deles conseguem contribuir com as aposentadorias que recebem, é o que nos tem salvo. O restante do dinheiro vem de eventos que nos mesmo promovemos, vivemos de esmolas”, diz a presidente. 

Diz ainda à presidente que já chegou a ser advertida pelo Ministério publico de Avaré pelo fato de usar a aposentadoria de alguns idosos. “Pode até ser errado, nas é a única forma da Rafa não fechar as portas. Não tenho escolhas. Até o dinheiro do meu próprio bolso é colocado aqui dentro”. 

As despesas do abrigo giram em torno de R$ 15 mil por mês. A presidente diz que, no momento, a única saída que ela enxerga é procurar a justiça, já que a firma não conseguir falar com o secretario do Bem Estar Social, Paulo Cavini, ou com o prefeito Rogélio Barchetti (PSDB). 

Alem da Residência Amor Fraterno de Avaré (Rafa), esta semana esta na mídia o conselho Tutelar e a Instituição Padre Emilio Immos. 

O aluguel do conselho também não esta sendo pago há 20 meses e a Instituição Padre Emilio Immos não recebe repasse da prefeitura há seis meses.